Pastor e dono de empresa de Turismo é acusado de não prestar os serviços referentes a um contrato de R$ 2,5 milhões com governo
O pastor e dono da Cooperativa de Negócios e Consultoria Turística (Conectur), Wladimir Furtado, negou neste sábado que tenha repassado dinheiro para a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP)proveniente do Ministério do Turismo. "Nunca entreguei dinheiro para a deputada", afirmou em entrevista horas depois de deixar a prisão. O dono da Conectur, sediada em Macapá (AP), ainda atribuiu à "pressão psicológica" da Polícia Federal os depoimentos em que é acusado de desviar recursos do Turismo para a deputada Fátima Pelaes. "Acho que foi uma questão emocional", disse.
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O pastor afirmou ainda que hoje está politicamente distante de Fátima Pelaes. E tentou mostrar independência: "Não tenho confiança na conduta da deputada". Wladimir Furtado negou que a Conectur seja uma empresa fantasma. Alegou que está realizando uma reforma no imóvel onde mora e funciona a sua igreja para dar mais espaço à empresa. O pastor garante que o convênio de R$ 2,5 milhões com o Ministério do Turismo foi executado, apesar de o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU) apontarem para a não realização dos objetivos do contrato.
Furtado também afirma que prestou os serviços contratados pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestutura Sustentável (Ibrasi) com dinheiro do Turismo. Disse que acredita haver um "esquema" nos contratos do Ibrasi, mas reforçou que jamais fez parte disso. Ele desmentiu ainda que tenha dado 60 cheques em branco para o sobrinho e tesoureiro da Conectur assinar. "Não existe isso", afirmou.
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