O primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki disse neste sábado que seu governo vai comprar 36 caças F-16 dos Estados Unidos, duplicando o número inicialmente previsto para reforçar sua frágil defesa aérea.
O anúncio do acordo vem num momento em que Iraque e EUA discutem a possível permanência de algumas tropas americanas no país membro da Opep, após a retirada planejada dos soldados no final do ano.
"Uma delegação da Força Aérea do Iraque, juntamente com os conselheiros vão viajar para rever o contrato e incluir um número maior do que o contrato inicial ... Vamos fazer 36 em vez de 18", disse Maliki a jornalistas. "Temos que dar ao Iraque aviões para proteger sua soberania", disse.
A Força Aérea do Iraque é um dos seus braços militares mais fracos, que ainda estão lutando contra insurgentes e milícias oito anos após a invasão liderada pelos EUA que derrubou o ditador sunita Saddam Hussein.
O país ainda conta com as forças dos EUA para o apoio aéreo a suas tropas. Os americanos terminaram formalmente a missão de combate no Iraque no ano passado e os soldados estão agora principalmente dando assistência aos militares iraquianos.
O Iraque atrasou a compra inicial do F-16 da Lockheed Martin, depois de colocar 900 milhões dólares de fundos alocados em seu programa nacional de alimentos para aliviar a pressão de iraquianos insatisfeitos pelo serviços básicos ruins.
O governo de Maliki está discutindo a possível permanência de algumas tropas dos EUA no país após o prazo de retirada, de acordo com fontes iraquianas. Mantê-los é uma questão sensível para a coalizão frágil que governa o país.
A violência no Iraque diminuiu desde os dias sangrentos do conflito sectário em 2006-2007, mas os insurgentes sunitas e as milícias xiitas ainda realizam ataques quase diários e assassinatos.
Alguns dos vizinhos do Iraque e os curdos no norte semi-autônomos têm mostrado preocupações de que Bagdá compre sofisticados sistemas de armas, tais como caças F-16.
Sob o governo de Saddam, a força aérea do Iraque foi uma das maiores da região, com centenas de jatos soviéticos. A força militar foi dissolvida com a deposição do ditador, após a invasão em 2003.
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