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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Protestos em Londres servem de aviso para Rio 2016, diz especialista

Grupamento da tropa de choque da polícia britânica marcha em frente à prédio incendiado em rua do distrito de Croydon. Foto: Reuters
Comitê organizador dos Jogos de 2012 tenta minimizar efeitos de protestos em Londres

A onda de violência que tomou conta de Londres e se espalhou por outras cidades inglesas deixou a organização dos Jogos Olímpicos de 2012 apreensiva. Apesar de negar que os protestos irão prejudicar o maior evento do esporte mundial, o Comitê Olímpico Britânico (BOA, na sigla em inglês) ligou o sinal de alerta. E, segundo especialistas ouvidos pela reportagem do Terra, os problemas ocorridos desde o último fim de semana em terras britânicas servem como um aviso para o Brasil, que sediará a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.
"(A onda de distúrbios na Inglaterra) É um bom aviso para o Brasil, tanto para a Copa de 2014 quanto para os Jogos de 2016. Mostra que é importante ter um plano social e também focado nos esportes para conter a violência", afirma Mauricio Murad, professor titular do mestrado de Sociologia dos Esportes da Universidade Salgado de Oliveira (Universo).
Até o momento, o Comitê Olímpico Britânico mantém a posição de que os distúrbios apenas reforçam a importância da realização dos Jogos em Londres, destacando que o evento não sofrerá nenhum prejuízo. Entretanto reflexos da violência já são sentidos - o amistoso entre Inglaterra e Holanda, que seria realizado nesta quarta-feira, foi cancelado em virtude da onda de saques e vandalismos que teve início no bairro de Tottenham.
Murad, doutor em sociologia do esporte, acredita que, caso o Brasil apresente eventuais problemas de violência a um ano dos Jogos de 2016, o País será submetido a uma pressão externa maior do que a sofrida atualmente pela Inglaterra. Segundo o professor, esta situação seria gerada pela desorganização dos responsáveis pela Olimpíada do Rio de Janeiro.
"Haveria uma pressão maior sobre o Brasil, devido ao planejamento em relação a esse megaevento ser feito sem transparência e sem cumprimento de regras e de prazos. Acredito que não haveria preconceito dos estrangeiros com o Brasil, mas sim a confirmação de um conceito que eles já têm: o de que o Brasil não cumpre prazos, não cumpre o prometido. Seria o reforço da ideia de que o planejamento brasileiro é precário", afirma.
Confiança estrangeira no Brasil
Giorgio Romano Schutte, professor adjunto de relações internacionais da Universidade Federal do ABC, discorda de Murad. Para ele, o Brasil não sofreria uma pressão maior de países estrangeiros justamente por já apresentar problemas de violência quando foi escolhido para sediar a Copa de 2014 e os Jogos de 2016.
"Os tipos de violência em Londres e no Brasil são totalmente diferentes. O que tem no Brasil é uma violência organizada, do narcotráfico. Quando o Brasil foi escolhido para sediar a Olimpíada, o Rio de Janeiro ainda nem havia passado por esse avanço nas comunidades, com as pessoas acreditando nas autoridades. Isso é fundamental, é uma mudança muito grande. O mundo já conhecia a história de violência no Brasil quando elegeu o País para sediar a Olimpíada. E acho que, hoje, os estrangeiros acreditam mais no Brasil do que os próprios brasileiros", argumenta Giorgio Romano Schutte.
Os dois especialistas, porém, concordam em um ponto: a recente onda de violência reforçará ainda mais o esquema de segurança dos Jogos de 2012, em Londres.
"Esses movimentos não são novos, existem vários pela Europa, mas geralmente ocorre uma explosão de violência muito rápida. Esses protestos vão dar um alerta para o governo inglês, inclusive sobre a credibilidade do país", explica Romano Schutte, corroborado por Murad.
"Tenho a impressão de que os ingleses, que têm grande experiência em distúrbios de violência, vão aproveitar para ajustar mais ainda seus planos de contenção, o que vai acabar ajudando nos Jogos de 2012", diz Murad.

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