Um ano se passou desde a estreia de Mano Menezes na seleção brasileira. Mas se aquela vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos deixou no ar a impressão de que a nova geração estava pronta para brilhar, o tempo se encarregou de mostrar que a renovação da equipe que vai buscar o hexa na Copa de 2014 ainda está num estágio muito abaixo do esperado pela torcida. Em 13 jogos, o Brasil de Mano venceu menos da metade: apenas seis, nenhum contra adversários do primeiro escalão do futebol mundial. E para piorar o treinador termina sua primeira temporada sem ter encontrado uma base para a equipe.
Após a derrota para a Alemanha por 3 a 2 , nesta quarta-feira, Mano admitiu que a seleção brasileira tem problemas em todos os setores da equipe.
- Temos que alterar algumas coisas. Continuamos perdendo muitos gols. Tivemos a repetição de alguns erros defensivos. E estamos fazendo muita força para produzir uma jogada de ataque. Ainda dependemos muito de uma jogada individual. O nível de exigência tem que ser outro, tem que ser mais alto - observou Mano.
RETROSPECTO: Os jogos da seleção sob o comando de Mano Menezes
Do "goleiro ao ponta esquerda", nenhum jogador da seleção de Mano já conquistou a confiança do torcedor. Desde a falha contra a Holanda, na eliminação brasileira nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, Júlio César não voltou a ter uma atuação à altura das que vinha tendo nos meses anteriores ao Mundial da África do Sul. Na zaga, o capitão Lúcio, que agora joga ao lado de Thiago Silva, também já não demonstra a mesma segurança de antes. E a lateral esquerda está definitivamente sem dono: André Santos, o atual titular, já não vinha agradando e piorou sua situação com a falha no terceiro gol da Alemanha.
No meio-campo, os volantes se sucedem. Numa lista que conta, entre outros, com Hernanes - que nunca mais foi chamado depois da expulsão no amistoso contra a França -, Ramires, Lucas Leiva, Sandro e Ralf - o mais novo a ser testado -, nenhum deles conseguiu aliar com competência segurança defensiva e fluidez na saída de bola.
No ataque, nem Ganso e Neymar se salvam
E quando o assunto é ataque, nem mesmo os badalados Neymar e Ganso se salvam. O camisa 10 do Santos fracassou na Copa América e começou o amistoso contra a Alemanha no banco. Entrou no segundo tempo e só foi notado ao receber um cartão amarelo por um carrinho típico de volante. Neymar, ao menos, tem o mérito de repetir na seleção o ímpeto que mostra no clube. No entanto, seja por exagero nos dribles ou por falta de companhia à altura, mesmo a sensação atual do futebol brasileiro não tem feito diferença com a camisa amarela.
Um dos principais nomes da seleção de Dunga, Robinho ainda não encontrou seu lugar no time de Mano. Jogando como meia-atacante, o jogador do Milan não brilha na criação e também erra demais nas conclusões - seu primeiro gol na seleção após a chegada do novo treinador saiu apenas nesta quarta, de pênalti.
Para completar, a camisa 9 ainda busca um dono. Titular na Copa, Luís Fabiano passou por uma temporada repleta de contusões, e sequer estreou pelo São Paulo, quatro meses e duas cirurgias após sua contratação pelo tricolor paulista. Seu substituto na seleção de Mano, Alexandre Pato demonstra talento e faro de gol, mas ainda não mostrou que pode ser o homem-gol que a seleção precisa. Nesta quarta, um lance resumiu sua situação: no início do segundo tempo, Pato foi lançado livre e encobriu o goleiro Neuer com um belo toque de cobertura. Seria um golaço se a bola não tivesse saído rente à trave direita. Após o jogo, o atacante lamentou o gol perdido, e admitiu que a seleção sente a necessidade de mostrar serviço o mais rapidamente possível.
- A pressão acontece sempre, estamos aqui preparados para jogar e melhorar cada vez mais. Uma hora as vitórias vão chegar - afirmou.
Olá Ângela!
ResponderExcluirGostei muito de seu texto sobre a nossa ‘querida’ seleção que atualmente não está tão querida assim. (sorrio)
Tenha uma excelente quinta-feira!
Quero lhe convidar para que leia ‘O casamento de seu Turíbio’ no http://jefhcardoso.blogspot.com
“Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia” (Jefhcardoso)