Ao comemorar a retomada da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, pelas forças policiais e a instalação de mais uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que em sua opinião mudaram a realidade do estado, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) alertou: esse trabalho poderá ser prejudicado caso o Congresso aprove e a presidente Dilma Rousseff sancione a nova distribuição dos royalties do petróleo.
- Toda a política de segurança pública está em cheque por causa da redistribuição dosroyalties - disse, em discurso nesta quarta-feira (16).
Segundo o senador, serão retirados do orçamento do Rio de Janeiro cerca de R$ 3,3 bilhões já no próximo ano, e isso será um baque para as políticas públicas. O parlamentar mencionou dados a respeito do crescimento do estado, sempre inferior à média brasileira desde a transferência da capital para Brasília, e agora, no momento em que o Rio "está lutando e melhorando", a população do estado será prejudicada com a redução de recursos, lamentou.
Lindbergh disse que o debate do projeto, no Senado, foi feito de forma mesquinha e enviesada, e que a cifra mencionada pelos representantes dos estados não produtores, de que haveria a geração de R$ 79 bilhões de royalties e participações especiais, foi inflada. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, será de cerca de RS 56 bilhões, explicou o senador.
Agência Senado
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