Cerca de 150 pessoas se reuniram nesta sexta-feira na Praça Tahrir do Cairo, epicentro dos protestos no país, para pedir um Estado "civil", algumas horas depois da visita do chefe de Estado de fato, o marechal Tantawi. "Civil, civil!", gritavam os manifestantes, que exibiam uma enorme bandeira egípcia, segundo jornalistas. "Abaixo o poder militar!", gritavam outros.
A polícia, que montou um forte aparato de segurança, recebeu reforços no início da noite. Breves confrontos opuseram manifestantes e policiais quando aqueles começaram a lançar pedras e garrafas de água. Alguns membros das forças de ordem jogaram os objetos de volta. Essa manifestação, que seguiu o "iftar" (comida de ruptura do jejum do Ramadã), ocorreu em resposta a um grande protesto de islamitas nesta mesma praça em 29 de julho. Os manifestantes pedem um Estado "civil" não religioso.
Cerca de 30 grupos convocaram a manifestação desta sexta-feira "por amor ao Egito", mas a maioria decidiu adiá-la para 19 de agosto para "se preparar melhor", segundo a imprensa local.
Poucas horas antes, o marechal Hussein Tantawi, chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) que dirige o país desde a demissão em 11 de fevereiro do presidente Hosni Mubarak, passou as tropas de segurança em revista na praça, segundo a agência oficial Mena.
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