O corpo do ex-líder líbio Muamar Khadafi foi enterrado nesta terça-feira, segundo representantes do Conselho Nacional de Transição (CNT), que agora governo o país.
Um porta-voz leu uma declaração dizendo que o funeral aconteceu nesta manhã e que o filho de Khadafi, Mutassim, foi enterrado com ele.
Guma Al Gamaty, integrante do CNT, confirmou à BBC que os corpos foram enterrados ao amanhecer em um local não revelado, possivelmente no deserto.
Alguns familiares e autoridades teriam assistido à cerimônia, que ocorreu cinco dias após sua morte, contrariando a tradição muçulmana que requer que o enterro aconteça logo depois do falecimento.
Preces
Até segunda-feira, os corpos do coronel Khadafi e de Mutassim, além do chefe do Exército, estavam em um contêiner refrigerado em Misrata, onde foram exibidos ao público.
Segundo o correspondente da BBC Gabriel Gatehouse, guardas que faziam a segurança do local disseram que os corpos foram levados durante a noite depois que preces foram feitas.
As circunstâncias da morte do ex-líder líbio ainda não foram esclarecidas, mas as autoridades líbias anunciaram na segunda-feira que irão iniciar uma investigação.
"Requisitamos, com base em pedidos vindos do exterior, que a morte de Khadafi seja investigada", disse o chefe do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdel Jalil.
Julgamento
Imagens de Khadafi ainda com vida foram registradas por celulares pouco depois de sua captura. Acredita-se que logo depois ele tenha morrido em decorrência de ferimentos causados por tiros.
Após a morte do ex-líder líbio, entidades como a Comissão de Direitos Humanos da ONU, a Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch pediram investigações sobre suas circunstâncias.
Jalil disse que a maioria dos líbios desejava que Khadafi pudesse ser julgado para pagar por seus eventuais crimes.
"Líbios livres desejavam que Khadafi passasse o máximo de tempo possível na cadeia. Os que tinham interesse em uma morte rápida eram os que o apoiavam", afirmou.
Execuções
Também na segunda-feira, o grupo de defesa dos direitos humanos com sede em Nova York Human Rights Watch alertou contra "assassinatos, saques e outros abusos" que teriam sido cometidos por opositores de Khadafi.
As declarações foram feitas após a descoberta de 53 corpos em decomposição, aparentemente simpatizantes de Khadafi. Muitos pareceram ter sido executados.
O estado de deterioração dos corpos sugere que eles foram mortos entre os dias 15 e 19 de outubro.
O CNT negou envolvimento nos abusos e pediu para que os líbios não cometam ataques ou vinganças contra opositores.
Moderação
Ainda nesta segunda-feira, Jalil reformulou declarações feitas no dia anterior de que a nova Líbia adotará leis baseadas na religião islâmica.
"Quero assegurar a comunidade internacional de que nós somos muçulmanos moderados", disse ele.
No domingo, ele disse que a adoção de leis religiosas acarretaria mudança de algumas regras atuais, citando a proibição da poligamia.
"Minha referência de ontem não significa que aboliremos qualquer lei e quando falei das leis de casamento, elas foram apenas um exemplo, já que as regras islâmicas permitem a poligamia apenas após aprovação específica", disse ele.
Um porta-voz leu uma declaração dizendo que o funeral aconteceu nesta manhã e que o filho de Khadafi, Mutassim, foi enterrado com ele.
Guma Al Gamaty, integrante do CNT, confirmou à BBC que os corpos foram enterrados ao amanhecer em um local não revelado, possivelmente no deserto.
Alguns familiares e autoridades teriam assistido à cerimônia, que ocorreu cinco dias após sua morte, contrariando a tradição muçulmana que requer que o enterro aconteça logo depois do falecimento.
Preces
Até segunda-feira, os corpos do coronel Khadafi e de Mutassim, além do chefe do Exército, estavam em um contêiner refrigerado em Misrata, onde foram exibidos ao público.
Segundo o correspondente da BBC Gabriel Gatehouse, guardas que faziam a segurança do local disseram que os corpos foram levados durante a noite depois que preces foram feitas.
As circunstâncias da morte do ex-líder líbio ainda não foram esclarecidas, mas as autoridades líbias anunciaram na segunda-feira que irão iniciar uma investigação.
"Requisitamos, com base em pedidos vindos do exterior, que a morte de Khadafi seja investigada", disse o chefe do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdel Jalil.
Julgamento
Imagens de Khadafi ainda com vida foram registradas por celulares pouco depois de sua captura. Acredita-se que logo depois ele tenha morrido em decorrência de ferimentos causados por tiros.
Após a morte do ex-líder líbio, entidades como a Comissão de Direitos Humanos da ONU, a Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch pediram investigações sobre suas circunstâncias.
Jalil disse que a maioria dos líbios desejava que Khadafi pudesse ser julgado para pagar por seus eventuais crimes.
"Líbios livres desejavam que Khadafi passasse o máximo de tempo possível na cadeia. Os que tinham interesse em uma morte rápida eram os que o apoiavam", afirmou.
Execuções
Também na segunda-feira, o grupo de defesa dos direitos humanos com sede em Nova York Human Rights Watch alertou contra "assassinatos, saques e outros abusos" que teriam sido cometidos por opositores de Khadafi.
As declarações foram feitas após a descoberta de 53 corpos em decomposição, aparentemente simpatizantes de Khadafi. Muitos pareceram ter sido executados.
O estado de deterioração dos corpos sugere que eles foram mortos entre os dias 15 e 19 de outubro.
O CNT negou envolvimento nos abusos e pediu para que os líbios não cometam ataques ou vinganças contra opositores.
Moderação
Ainda nesta segunda-feira, Jalil reformulou declarações feitas no dia anterior de que a nova Líbia adotará leis baseadas na religião islâmica.
"Quero assegurar a comunidade internacional de que nós somos muçulmanos moderados", disse ele.
No domingo, ele disse que a adoção de leis religiosas acarretaria mudança de algumas regras atuais, citando a proibição da poligamia.
"Minha referência de ontem não significa que aboliremos qualquer lei e quando falei das leis de casamento, elas foram apenas um exemplo, já que as regras islâmicas permitem a poligamia apenas após aprovação específica", disse ele.
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