Em comunicado, Al-Qaeda na Mesopotâmia disse ter lançado campanha de 100 ataques no Iraque contra os EUA
O oficial de polícia Saad Ahmed se recupera de ataque de carro-bomba a Bagdá, no dia 15 de agosto
A Al-Qaeda na Mesopotâmia, um dos grupos insurgentes mais poderosos do Iraque, divulgou um comunicado no sábado indicando que lançou uma campanha de 100 ataques para se vingar dos Estados Unidos por terem matado Osama bin Laden.
O comunicado não se referiu explicitamente a uma série de mais de 40 ataques realizados na segunda-feira que matou mais de 90 pessoas, no dia mais violento no Iraque neste ano. Mas a declaração disse que a campanha foi iniciada em meados deste mês e que continuará até que 100 ataques sejam realizados.
"Começamos essa etapa com uma invasão que temos chamado de a batalha da vingança pelo xeque Osama bin Laden e outros líderes", disse o comunicado divulgado na internet.
A Al-Qaeda na Mesopotâmia há muito reivindica afiliação ao grupo de Bin Laden e foi claramente inspirada pelo líder fundador da Al-Qaeda, que morreu em operação relaxada pelos Estados Unidos no Paquistão.
A declaração indica que a campanha incluirá ataques a edifícios, homens-bomba, bombas enterradas nas estradas e atiradores de elite, e que será realizada em cidades e áreas rurais. "Os inimigos de Deus devem saber que nós não esquecemos e que o sangue puro não será em vão", disse.O grupo aumentou seus ataques enquanto as autoridades iraquianas e americanas começaram discussões sobre manter algumas tropas dos Estados Unidos no país após o fim do ano. Os 48 mil soldados alocados atualmente no Iraque partir como parte de um acordo feito em 2008 entre os dois países.
Origem
A Al-Qaeda na Mesopotâmia, um grupo formado por sunitas iraquianos e combatentes estrangeiros, já não é considerada tão forte como era no auge da violência sectária, em 2006 e 2007. No entanto, o grupo ainda tem a capacidade de realizar ataques devastadores, de acordo com autoridades americanas.
Neste ano, militantes do grupo armados e vestindo coletes à prova de balas atacaram vários escritórios do conselho provincial, matando dezenas de pessoas. O grupo também teve crédito por alguns dos atentados mais mortais, incluindo aqueles que atingiram algumas mesquitas e centros de treinamento da polícia, e outros que tiveram como alvos peregrinos xiitas.
Enquanto a Al-Qaeda na Mesopotâmia tem como alvo civis, políticos, agentes das forças de segurança iraquianas e soldados americanos, militantes xiitas apoiados pelo Irã geralmente se concentram apenas nos soldados americanos.
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