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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Família separada por deportação se une depois de quatro anos nos EUA


Polonesa Janina Wasilewski foi deportada em 2007 com o filho Brian, depois de viver 18 anos nos subúrbios de Chicago com o marido


                                                             Janina Wasilewski, que viveu 18 anos nos EUA
                                                        e foi deportada, retornou a Chicago na segunda-feira

Uma polonesa desceu de um avião em Chicago na tarde desta segunda-feira com um visto legal nas mãos para voltar a viver nos Estados Unidos quatro anos após ser deportada e separada de sua família, em um raro caso de retorno de um imigrante que foi expulso do país.
Janina Wasilewski foi deportada em 2007 depois de viver 18 anos nos subúrbios de Chicago. Vários pedidos que ela fez judicialmente para se tornar uma residente legal do país se tornaram irremediavelmente emaranhados nos tribunais de imigração e foram finalmente negados. Ela deixou para trás seu marido Tony, também imigrante polonês, mas sob acordo pode levar consigo o filho, Brian, um cidadão americano que tinha 6 anos na época.
A família Wasilewski se tornou um dos exemplos mais visíveis do impacto da deportação, conforme o ritmo das expulsões aumentou durante o governo Obama para quase 800 mil nos últimos dois anos. Imagens da cena quando Wasilewski deixou o país no Aeroporto O'Hare, em junho de 2007, foram amplamente divulgadas, com o marido segurando ela e seu filho e chorando enquanto implorava a eles para que não chorassem.
"Eu posso voltar para o meu doce lar em Chicago", disse Wasilewski por telefone na semana passada de Nowe Miasto Lubawskie, cidade da região central da Polônia onde ela viveu com Brian em um pequeno apartamento nos últimos quatro anos. Ainda incrédula, ela disse que não iria se permitir qualquer alegria até que ela e seu filho estivessem no avião se aproximando de Chicago.
Sua volta ao lar dará fim a uma disputa legal de 22 anos em que Wasilewski, que hoje tem 45 anos, perdeu todas as batalhas, menos a última. Seu caso revelou as complicações do sistema de imigração que os advogados dizem ter impedido centenas de milhares de imigrantes – pessoas que respeitam a lei, pais ou cônjuges de cidadãos americanos – de encontrar uma forma de se acertar com a lei e de obter status legal.
Sob um estatuto de 1996, Wasilewski estava proibida de retornar aos EUA depois de sua deportação, por pelo menos 10 anos. Autoridades finalmente reverteram isso em julho, concedendo uma isenção que lhe permitiu voltar com o green card de residente permanente.
Wasilewski teve ajuda de um advogado tenaz, Royal F. Berg, e vários legisladores, especialmente o representante Luis V. Gutierrez, democrata de Illinois. O documentarista Ruth Leitman ficou horrorizado com a separação da família e fez um filme sobre a história. Grupos defensores dos imigrantes em Illinois mantiveram o caso nos olhos do público.
Crimes
Houve uma mudança em Washington, com o presidente americano, Barack Obama, dizendo que ele quer evitar a separação de famílias de imigrantes e se concentrar em deportar estrangeiros que tenham sido condenados por crimes.
Mas foi Tony Wasilewski, com a sua firme determinação em oferecer a sua esposa e filho uma vida nos Estados Unidos, que finalmente conseguiu o seu retorno. Em 2007, mesmo depois que o país expulsou sua esposa, em um dos mais sombrios períodos de sua espera solitária, ele decidiu se tornar um cidadão americano.
"Foi muito difícil escolher entre a minha família e os Estados Unidos", Tony Wasilewski disse por telefone de sua casa em Schiller Park, Illinois, depois de viajar para a Polônia para visitar esposa e filho. "Eu escolhi a América".
Ele também queria apagar a mancha de deportação de sua família. "Fiz isso pela minha esposa por três razões", disse ele, usando uma frase que tem sido seu mantra: "Dignidade, honra e justiça."
Tony e Janina Wasilewski vieram para o país separadamente em 1989, ambos entraram no país legalmente. Tony Wasilewski eventualmente conseguiu um green card e, em seguida, sua cidadania. Janina Wasilewski tomou um rumo diferente, pedindo asilo político baseado em seu ativismo anticomunista em seu país de origem.
A família Wasilewski se tornou um dos exemplos mais visíveis do impacto da deportação, conforme o ritmo das expulsões aumentou durante o governo Obama para quase 800 mil nos últimos dois anos. Imagens da cena quando Wasilewski deixou o país no Aeroporto O'Hare, em junho de 2007, foram amplamente divulgadas, com o marido segurando ela e seu filho e chorando enquanto implorava a eles para que não chorassem.
"Eu posso voltar para o meu doce lar em Chicago", disse Wasilewski por telefone na semana passada de Nowe Miasto Lubawskie, cidade da região central da Polônia onde ela viveu com Brian em um pequeno apartamento nos últimos quatro anos. Ainda incrédula, ela disse que não iria se permitir qualquer alegria até que ela e seu filho estivessem no avião se aproximando de Chicago.
Sua volta ao lar dará fim a uma disputa legal de 22 anos em que Wasilewski, que hoje tem 45 anos, perdeu todas as batalhas, menos a última. Seu caso revelou as complicações do sistema de imigração que os advogados dizem ter impedido centenas de milhares de imigrantes – pessoas que respeitam a lei, pais ou cônjuges de cidadãos americanos – de encontrar uma forma de se acertar com a lei e de obter status legal.
Sob um estatuto de 1996, Wasilewski estava proibida de retornar aos EUA depois de sua deportação, por pelo menos 10 anos. Autoridades finalmente reverteram isso em julho, concedendo uma isenção que lhe permitiu voltar com o green card de residente permanente.
Wasilewski teve ajuda de um advogado tenaz, Royal F. Berg, e vários legisladores, especialmente o representante Luis V. Gutierrez, democrata de Illinois. O documentarista Ruth Leitman ficou horrorizado com a separação da família e fez um filme sobre a história. Grupos defensores dos imigrantes em Illinois mantiveram o caso nos olhos do público.
Crimes
Houve uma mudança em Washington, com o presidente americano, Barack Obama, dizendo que ele quer evitar a separação de famílias de imigrantes e se concentrar em deportar estrangeiros que tenham sido condenados por crimes.
Mas foi Tony Wasilewski, com a sua firme determinação em oferecer a sua esposa e filho uma vida nos Estados Unidos, que finalmente conseguiu o seu retorno. Em 2007, mesmo depois que o país expulsou sua esposa, em um dos mais sombrios períodos de sua espera solitária, ele decidiu se tornar um cidadão americano.
"Foi muito difícil escolher entre a minha família e os Estados Unidos", Tony Wasilewski disse por telefone de sua casa em Schiller Park, Illinois, depois de viajar para a Polônia para visitar esposa e filho. "Eu escolhi a América".
Ele também queria apagar a mancha de deportação de sua família. "Fiz isso pela minha esposa por três razões", disse ele, usando uma frase que tem sido seu mantra: "Dignidade, honra e justiça."
Tony e Janina Wasilewski vieram para o país separadamente em 1989, ambos entraram no país legalmente. Tony Wasilewski eventualmente conseguiu um green card e, em seguida, sua cidadania. Janina Wasilewski tomou um rumo diferente, pedindo asilo político baseado em seu ativismo anticomunista em seu país de origem.
                                                            Tony Wasilewski esperou quatro anos pela mulher 
                                                                       e o filho Brian que estavam na Polônia


Ela e Tony Wasilewski se apaixonaram em Chicago, se casaram em 1993 e abriram um pequeno negócio de faxinas Em 1995, após anos de atrasos durante o qual o regime comunista foi encerrado na Polônia, um juiz de imigração negou o pedido de asilo de Janina Wasilewski e ela disse que o advogado que a representava não deixou claro que ela teria de deixar os EUA e não poderia tentar uma forma para conseguir a residência.
Assim, em 1998, quando ela se candidatou para um green card sob uma lei diferente, autoridades de imigração responderam dando início à sua deportação.
Quando Berg assumiu o caso ele não desistiu, apelando até a Suprema Corte dos Estados Unidos e tentando trazer Janina Wasilewski de volta depois de ela ter sido forçada a deixar o país. Ele teve de convencer as autoridades a conceder um abono, mostrando que a sua expulsão causou extrema dificuldade para um parente próximo que era um cidadão americano.
Brian nasceu em Illinois em 2001, um americano por direito de nascimento. Mas sob a lei de 1996, o prejuízo causado a uma criança americana pela deportação - neste caso, a separação de Brian de seu pai - não é reconhecido como uma dificuldade.
Os apelos de Janina Wasilewski foram rejeitados duas vezes. Mas o declínio angustiante que Tony Wasilewski enfrentou depois que sua esposa e filho foram expulsos finalmente convenceu as autoridades de que o padrão de dificuldades havia sido cumprido.
Ele teve uma úlcera, um ataque cardíaco e crises de depressão. E começou a beber muito. Para levantar o dinheiro para sustentar sua mulher e filho na Polônia, onde Janina Wasilewski nunca conseguiu encontrar um emprego, ele desistiu da casa da família, vendendo-a com perda.







Sua angústia foi registrada em "Tony e Janina’s American Wedding” (O Casamento Americano de Tony e Janina, em tradução literal), o documentário que Leitman lançou em 2010 com seu marido Steve Dixon como coprodutor. Ela estava no aeroporto, por acaso, fazendo um trabalho freelance no dia da deportação de Wasilewski.
Leitman seguiu Tony Wasilewski por mais de dois anos. Em uma cena, ele diz com os olhos turvos, "eu chamo o uísque de minha esposa". Em outra, ele enrola um cabo em volta do pescoço, pensando em suicídio.
Leitman levou o filme para porões de igrejas e bibliotecas públicas, “lugares onde as pessoas não necessariamente concordam conosco", disse ela. Ela está planejando um epílogo, acrescentando o surpreendente final feliz, e ela espera que o filme inspire grandes mudanças.
Planos
Janina Wasilewski diz que seu único plano depois que ela chegar é passar um tempo com o marido e o filho, agora com 10 anos. "Os últimos quatro anos foram terríveis para o Brian", disse ela. "Outras crianças podem brincar com o pai todos os dias. Brian sente falta do pai."
Embora animada, ela confessou estar desgastada. "Vinte e dois anos é um tempo muito longo, muito longo, algo está errado com isso", disse ela.
Tony Wasilewski disse que pretende levar seu filho para comer um hambúrguer do McDonald’s e sua esposa para uma refeição em um restaurante chinês. "Ela já teve comida polonesa o suficiente", brincou.

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