O presidente americano, Barack Obama, se reuniu na noite deste domingo na Casa Branca com líderes de seu partido para tentar superar a crise da dívida americana, que poderia levar o país a interromper o pagamento em 2 de agosto.
Participam do encontro o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, e o líder da minoria do partido na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
As negociações fracassaram na sexta à noite, quando o líder da Câmara dos Representantes (deputados federais) dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, se retirou das negociações com a Casa Branca sobre um acordo.
Segundo o governo americano, caso o Congresso não autorize a elevação do teto da dívida - atualmente em US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - até 2 de agosto, os Estados Unidos terão de parar de cumprir seus compromissos financeiros.
Discórdia
Há divergências entre os dois partidos sobre a profundidade dos cortes e que programas devem ser afetados.
Um dos principais pontos de discórdia se refere ao pagamento de impostos. Obama quer que o pacote inclua o fim dos cortes de impostos concedidos à camada mais rica da população ainda durante o governo de seu antecessor, George W. Bush.
Os republicanos se recusam a aprovar qualquer medida que inclua aumento de impostos.
À tarde, um ministro britânico fez duros ataques à direita americana, dizendo que ela está criando um problema para o sistema financeiro mundial
Calote ''impensável''
No entanto, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse nesse domingo que está confiante em um acordo.
"É impensável a ideia de que esse país não cumprirá com suas obrigações", disse Geithner em entrevista à rede americana CNN. "Isso não vai acontecer."
Ele afirmou ainda que a proposta republicana de primeiro elevar o limite da dívida e só então negociar os cortes era "irresponsável" e não seria aceita pelos democratas.
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