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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Prédio que desabou foi projetado para ter 15 andares, mostram plantas


Jornal Nacional teve acesso a novos documentos de edifício no Rio.
Prédio começou a ser construído em 1938.


O Jornal Nacional teve acesso a novas plantas do Edifício Liberdade, que desabou e derrubou outros dois prédios na Avenida Treze de Maio, no Centro do Rio, na noite de quarta-feira (25). Nesta segunda-feira (3) surgiram novas imagens que foram gravadas em frente ao local da tragédia.
A investigação agora está nas mãos da polícia. O trabalho dos peritos vai ganhar uma ajuda importante com as plantas originais do prédio mais alto, que foi o primeiro a ruir.
O edifício, que começou a ser construído em 1938, inicialmente teria 15 andares. Mas um ano depois, durante a obra, houve uma modificação. Os construtores conseguiram aprovação da prefeitura para acrescentar mais três andares, que tinham um recuo, e criar um subsolo. O prédio ficou pronto em 1940.
Dez anos depois, em 1950, os donos do edifício tiveram uma autorização da prefeitura para fazer uma obra de extensão nos três andares mais altos.
Para o engenheiro Cláudio Nóbrega, do Clube de Engenharia, as mudanças antigas podem ter provocado uma sobrecarga na estrutura.
“Se esse prédio, as fundações dele e os pilares, até o décimo quinto, foram calculados para 15 pavimentos, e você amplia, ainda que seja só a parte de trás, alguns pilares passaram a receber mais carga devido a esses três pavimentos”, disse ele.
A obra mais recente pode ter sido decisiva para ter provocada a tragédia. “Pode ter sido, ainda no campo das hipóteses, uma espécie de uma gota d’água, uma carga que foi o limite máximo da estrutura. Porque pelo tipo de ruptura, foi uma ruptura muito abrupta”, concluiu.
O diretor da empresa TO, que fazia obras no prédio, prestou depoimento na Polícia Federal. Sérgio Alves voltou a dizer que um conjunto de fatores deve ter provocado a queda do Edifício Liberdade, e não as reformas realizadas pela empresa.
Novas imagens do dia do desabamento
As imagens da câmera de segurança de uma lanchonete mostram os clientes saindo da lojapara olhar o que estava acontecendo. Eles voltam correndo e, em seguida, o estabelecimento é invadido por uma nuvem de poeira.
Cinco dias depois do acidente que deixou 17 mortos, praticamente não há mais escombros no local do desabamento.
Parentes de desaparecidos fizeram, nesta segunda-feira (30), exames de DNA, que poderão ajudar na identificação de quatro corpos encontrados - que não puderam ser reconhecidos. Cinco pessoas permanecem desaparecidas.
 

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