Foram confirmados 39 casos e duas mortes na capital paraense em 2011.
Pacientes relataram o consumo de açaí na região fiscalizada.
Cinco pontos de venda de açaí foram fechados pelo Departamento de Vigilância Sanitária de Belém, nesta terça-feira (25), por falta de higiene na manipulação do fruto, o que aumenta o risco de possível contaminação do produto com fezes do barbeiro, que transmite a doença de Chagas.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Belém informou que foram confirmados 39 casos de doença de Chagas e duas mortes na capital paraense desde janeiro deste ano. Vinte e duas notificações foram confirmadas apenas em outubro. Nove pacientes relataram o consumo de açaí em pontos de venda do produto na periferia da capital.
Durante a fiscalização, a documentação dos estabelecimentos também foi analisada na operação. Em 2011, o departamento interditou mais de 20 pontos de venda de açaí na cidade.
saiba mais
saiba mais
Em nota, Roberval Feio, diretor geral da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), disse que a importância do trabalho é garantir a saúde pública da população de Belém. "Não temos a intenção de prejudicar ninguém. Nossa preocupação fundamental é a preservação da saúde da população, que é mais importante de tudo.”
Os estabelecimentos fechados tinham recebido a notificação, na sexta-feira (21), por suspeita de contaminação pela Doença de Chagas.
Em um dos pontos de venda do açaí, foi detectado que o produto não era corretamente lavado, o ambiente era de madeira, quando que o recomendado é o uso de azulejo para evitar contaminações por sujeira.
Histórico
Em 2007, a fiscalização sobre o açaí foi reforçada pelas equipes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no estado. O objetivo foi controlar a qualidade do produto e evitar a contaminação pelo barbeiro, que transmite a doença de Chagas.
Em 2007, a fiscalização sobre o açaí foi reforçada pelas equipes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no estado. O objetivo foi controlar a qualidade do produto e evitar a contaminação pelo barbeiro, que transmite a doença de Chagas.
De acordo com a secretaria, em 2010 foram notificados 51 casos da doença e apenas 14 foram confirmados. Os dados referentes ao período de janeiro a outubro de 2011 ainda podem sofrer alterações, já que outros casos estão em investigação. Há uma morte suspeita de ter sido provocada pela doença de Chagas. O caso ainda está sendo analisado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Belém.
Cana-de-açúcar
Em março de 2005, um surto de Chagas ocorreu em Santa Catarina, devido à ingestão de caldo de cana-de-açúcar, que havia sido triturada com fezes do barbeiro. Cerca de 30 pessoas foram contaminadas e pelo menos cinco morreram. O principal foco das contaminações foi num quiosque em Navegantes, onde 90% dos contaminados ingeriram a bebida.
Em março de 2005, um surto de Chagas ocorreu em Santa Catarina, devido à ingestão de caldo de cana-de-açúcar, que havia sido triturada com fezes do barbeiro. Cerca de 30 pessoas foram contaminadas e pelo menos cinco morreram. O principal foco das contaminações foi num quiosque em Navegantes, onde 90% dos contaminados ingeriram a bebida.
A doença de Chagas
O contágio pode ocorrer por três vias de transmissão: pela picada do inseto, barbeiro, que deposita suas fezes sob a pele provocando coceira e, assim, a entrada do parasita na corrente sangüínea; por via oral, com a ingestão de alimentos contaminados pelo inseto ou pelos seus excrementos; e pelo sangue por meio de transfusões.
O contágio pode ocorrer por três vias de transmissão: pela picada do inseto, barbeiro, que deposita suas fezes sob a pele provocando coceira e, assim, a entrada do parasita na corrente sangüínea; por via oral, com a ingestão de alimentos contaminados pelo inseto ou pelos seus excrementos; e pelo sangue por meio de transfusões.
Oss sintomas mais freqüentes são febre alta, gânglios pelo corpo, aumento do fígado e do baço e, em casos avançados, inflamação do coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário