A estrutura política que o ETA --organização separatista armada basca-- criou para dinamizar e dirigir o apoio em sua parte legal e transmitir diretrizes relativas a Batasuna, partido separatista basco, anunciou sua dissolução após quase 12 anos.
Conhecida como Ekin, a organização era encarregada da mobilização social em torno do ETA no País Basco, no norte da Espanha. O fim da estrutura política foi informado pelo jornal espanhol "Gara" neste sábado, que cita dois membros da direção do grupo, justificando a medida com uma mudança radical estratégica para buscar a independência da região.
A dissolução, segundo o jornal "El País", representa um passo a mais na direção do fim da violência, mesmo que o próprio ETA continue sem anunciar seu fim definitivo. Especialistas consultados pelo veículo dizem que a medida sinaliza que a Batasuna está assumindo o protagonismo e o controle do aparato político do ETA.
De acordo com o "Gara", a organização se dissolve chamando seus militantes a se integrarem "na nova aposta" da esquerda abertzale (patriotas na língua basca), no que seria uma "consequência natural de mudança do ciclo que está em marcha".
Os dirigentes de Ekin justificaram a medida afirmando que as contínuas detenções de membros da organização a levou a "um autêntico colapso".
O nome Ekin veio em homenagem a um grupo homônimo de jovens nacionalistas que deram origem ao ETA na década de 1950, e tinha como objetivo "agitar a sociedade e fortalecer as lutas populares com a finalidade de construir uma nação basca moderna e competitiva".
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