Pesquisas indicam que 49% dos consultados querem que o primeiro-ministro do Japão renuncie o mais rápido possível e 16% acredita que ele deveria renunciar antes de terminar agosto
TÓQUIO - Sessenta e cinco por cento dos japoneses querem que o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, renuncie antes que acabe este mês, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira, 1, pelo jornal econômico Nikkei.
Os resultados da pesquisa, realizada este fim de semana, indicam que 49% dos consultados quer que Kan renuncie o mais rápido possível e 16% acredita que deveria renunciar antes de terminar agosto.
A percentagem total dos que desejam que o primeiro-ministro do Japão deixe seu posto antes do dia 31 de agosto subiu cinco pontos em relação ao mês passado.
O índice de popularidade do governo de Kan caiu para 19%, a primeira vez que um gabinete do Partido Democrata (PD) baixa de 20%, enquanto a percentagem de gente que desaprova o atual Executivo subiu para 73%.
Cinquenta por cento dos consultados, 3% mais que no mês passado, acredita que o uso da energia nuclear deveria ser reduzido no futuro, contra 24% que crê que deveria se manter nos níveis atuais e 21% que deveria ser abandonada totalmente.
No entanto, 53% considera que os reatores nucleares japoneses parados desde o acidente na usina de Fukushima deveriam ser reativados, uma vez que as inspeções garantam que são seguros, enquanto 38% não quer que retomem sua atividade.
A respeito dos planos de reconstrução do governo para as regiões mais afetadas pelo terremoto e o tsunami do dia 11 de março, 59% se mostra propício a uma alta temporária de impostos para financiar o processo, contra 32% que se opõe.
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