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quinta-feira, 7 de junho de 2012


Rio+20: presidente do Irã poderá utilizar espaço para
defender direito de o seu país usar energia nuclear

Mahmoud Armadinejad já confirmou presença na Rio+20


O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, informou que o presidente do Irã, Mahmoud Armadinejad, que confirmou presença na Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, terá direito à palavra assim como os demais chefes de Estado, e poderá utilizar o evento como palco para defender o direito de o seu país usar energia nuclear para fins não pacíficos. Segundo o ministro, no próximo dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, haverá uma cerimônia em Brasília que irá transferir o Riocentro para as Nações Unidas.
— Isso significa que a Rio+20 será uma conferência das Nações Unidas no Brasil. Assim como o presidente do Irã e outros chefes de Estado e de Governo participam anualmente da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Armadinejad estará participando no Rio de Janeiro, de uma conferência sobre desenvolvimento sustentável. Ele terá direito à palavra como qualquer outro chefe de delegação.
O ministro informou também que as ausências do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e da chanceler Alemã, Angela Merkel, na Rio+20, não significarão que os dois países não estarão presentes no encontro.
— Eles estarão participando, ativamente, pelo menos é o que nós esperamos. Nós não distinguiremos durante a Rio+20, entre delegações chefiadas por chefes de Estado e de Governo e delegação de outro nível, quando se trata de buscar em consideração as perspectivas no produto final.
Segundo Patriota, esse é um processo multilateral que envolve os 194 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), inclusive o Brasil. De acordo com o ministro, diferentes vozes devem ser ouvidas e o país anfitrião procurará liderar um processo que leve a um consenso com objetivos mais ambiciosos possíveis.
Sobre a questão dos conflitos na Síria, o ministro disse que o Brasil é contrário às sanções aplicadas ao país sem que haja a aprovação do Conselho de Segurança da ONU.
— O Brasil, por definição, sempre incorpora o seu ordenamento jurídico às sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança [ONU].

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