A FALTA DO SOL E A SUA VITÓRIA
Era uma vez, numa terra
muito, muito longínqua, uma cidade onde estava sempre chovendo, chovendo e
chovendo; com chuvas torrenciais todo dia, todos os dias, durante anos e anos.
E ali, vivia um menino pequenino, numa casinha na montanha, com o seu papai e o
seu cãozinho.
Tinha quatro anos, vejam
bem, são quatro anos, e todos os dias da sua vida tinha chovido durante todo o
dia e toda a noite.
Podes
imaginar como é estar sempre a chover e sempre úmido?
As pessoas estavam sempre a
dizer-lhe que, antes dele nascer, tinha havido uma coisa estranha que se
chamava Sol. O sol era uma coisa grande, redonda e amarela, que dava calor e
luz a tudo e a todos. A cidade era feliz. As pessoas tinham sempre um sorriso,
o sol brilhava ajudando a tudo e a todos, com sua cara grande, redonda e
amarela.
O menino pequenino não podia
imaginar na sua mente a ideia de uma coisa grande, redonda, amarela e
sorridente que conseguia fazer as pessoas felizes. E não podia acreditar que as
pessoas pudessem olhá-lo e sorrir, porque na sua aldeiazinha ninguém sorria,
todos pareciam muito tristes, viviam infelizes, sempre faltando algo.
Um dia, as pessoas começaram
a comentar que o céu parecia um pouco mais claro. As pessoas da cidade se
formavam em filas, com blusas coloridas, sem os casacos pesados. E ele pensava:
- o que fazem nessa fila? – muitos falavam: - queremos o sol! – e ainda estava
chovendo e as negras nuvens ainda estavam pairando no céu, mas era verdade que
parecia mais claro.
No dia seguinte, as pessoas
começaram a comentar “o Sol vai voltar, vamos aguardar o resultado”, mas nesse
dia estava chovendo menos.
No dia seguinte, só choveu
metade do dia.
No outro, apareceu um homem
falando para todos, “o Sol ganhou”. Só houve uns poucos chuviscos, e as janelas
gotejavam de vez em quando.
E no outro, deixou de
chover; no seguinte, todas as nuvens eram de cor branca. Um dia mais e
apareceram pedaços de céu azul.
De repente, não havia nem
uma nuvem, e uma coisa grande, redonda e amarela estava pairando no céu, dando
calor e luz a todos.
E as pessoas olhavam para
cima e sorriam ao vê-lo, porque tinha um enorme e radiante sorriso. E a cidade
voltou a ser feliz. Empregos, escolas, saúde, transportes e tudo o mais
necessário para uma vida feliz.
E o menino pequeno sentou-se
na sua cama e viu, através da janela, uma coisa de que só tinha ouvido falar em
histórias que podiam ser contos. Uma coisa grande, redonda e amarela no céu com
grande sorriso na cara. Isso deve ser o Sol! Disse o menino, devolvendo-lhe o
sorriso. E corre pelas ruas, vendo que toda a cidade estava sorrindo.
E agora... Foi dormir,
sonhando com o amanhã.
DORMIR! DORMIR COM O SOL!
Olá.
ResponderExcluirO sol tem raios.
E sinto tanto que nesta cidade , a comunicação parece ser difícil.
Veja a questão dos professores - que têm mesmo que ganhar bem e ter mais autonomia para trocarem sentimentos e criarem vínculos com os alunos.
Neste momento, só na sala de aula professores e alunos, ambos lesados pelo sistema, podem juntos, minorar o sentimento de menos valia que é de ambos.
Sim alunos são difíceis - nessa geração criada com a quantidade de informação desde pequenos, o ensino é entediante mas isso é coisa que só o professor junto com os alunos , trabalhando a matéria com a inteligência emocional, pode amenizar .
Em todas as questões, parece que chove na alma das pessoas nesta cidade - pedra mas que não foi feita para ser assim.
Montanhas sem eco - é o que temos.
A senhora que escreveu essa estória lindinha é um raio, eu sou outro e cada cidadão deveria se sentir um raio mas parece que a maioria prefere mesmo se esconder ou entre nuvens ou entre montanhas.
Cuide-se porque a mim interessa que a senhora continue sendo raio onde está como profissional, afinal, tenho os guris lá.
Raio de muitos sóis - assim são os professores - tão diversa é a questão do hoje no sentimento vosso, dos vossos colegas e principalmente dos vossos alunos - que como crianças e adolescentes, entendem de hojes e de raios como ninguém.
Mas entendi tudo.