BANGCOC (Reuters) - Operários e soldados se apressavam nesta quinta-feira para concluir a construção de paredões defensivos em torno do centro de Bangcoc, ameaçado por uma inundação que cobre cerca de um terço da Tailândia.
Pelo menos 283 pessoas já morreram em todo o país desde o final de julho por causa das fortes chuvas das monções, que causam inundações e deslizamentos. Na semana passada, zonas industriais ao norte da capital foram inundadas, agravando os prejuízos à economia.
Após uma reunião com ministros, o comandante do Exército, general Prayuth Chan-ocha, disse a jornalistas que as barreiras em três pontos vulneráveis de Bangcoc estão quase concluídas.
"Conversamos sobre os planos de retirada para ajudar as pessoas que vivem perto do rio Chao Phraya. Se houver uma emergência, estamos prontos para agir", disse ele.
"A preocupação agora é que entre hoje e 19 de outubro haverá maré alta, e o importante é empurrar a água para o mar o mais rapidamente possível."
Bangcoc responde por cerca de 41 por cento da economia tailandesa. Qualquer perturbação grave à vida na capital pode afetar ainda mais as previsões de crescimento econômico.
O vice-premiê Kittirat Na Ranong, encarregado de questões econômicas, disse a jornalistas que as inundações já causaram prejuízos superiores a 3,2 bilhões de dólares, ou mais de 1 por cento do PIB, e que essa cifra ainda pode subir.
A confiança do consumidor também diminuiu em setembro por causa dos problemas climáticos, segundo economistas da Câmara de Comércio da Universidade dos Tailandeses.
Na semana passada, a universidade reduziu sua previsão de crescimento do PIB de 4,4 para 3,6 por cento. Na quinta-feira, voltou a revê-la, com uma estimativa de 3 a 3,5 por cento.
Na previsão do Ministério das Finanças, o crescimento econômico caiu de 4 para 3,7 por cento.
Na província de Ayutthaya, ao norte de Bangcoc, fábricas das empresas Nikon, SLR e Honda tiveram de interromper suas atividades.
Bangcoc, a uma altitude de apenas 2 metros sobre o nível do mar, está ameaçada pelo transbordamento de algumas represas ao norte, que causam cheias no rio Chao Phraya.
Algumas partes da região metropolitana já foram inundadas, mas as autoridades esperam que o centro seja poupado, graças a defesas pré-existentes e às três novas barreiras, que ajudarão a desviar a água para o mar pelo leste e oeste da cidade.
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